JUSTINO FERREIRA DE SOUZA, FUNDADOR DE BOA ESPERANÇA, ATUAL CIDADE DE ANTÔNIO MARTINS, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Nasceu na Serrota,
distantes três léguas da cidade de Martins, a 17 de agosto de 1870. De origem
humilde, sem nenhum estudo, apenas os rudimentos de primeiras letras, foi no
entanto, um dos filhos de Martins no Distrito de Boa Esperança, atual cidade de Antônio Martins, Estado do Rio Grande
do Norte, concorreu de maneira eficiente e positiva para o seu engrandecimento.
Em 3 de dezembro, Luiz da C^MARA Cascudo escreveu sobre
Justino:
“Há tempos, Antônio Bento de Araújo Lima recordou pelo DIÁRIO
DE NOTÍCIAS, do Rio de Janeiro, uma
viagem de estudos que fizemos, com M´RIO DE Andrade, em janeiro de 1929, pelo
sertão do Rio Grande do Norte e Paraíba.
Antônio Bento contou m episódio de Boa Esperança, ao Pé da
Serra de Martins, nossa chegada numa noite de tempestade, a ceia de coalhada e
carne assada, a multidão de pirilampos, a conversa com Samuel Sales Levi, judeu
nascido em Londres, inteligente e espirituoso. Acima de tudo, recordou o dono
da casa.
Lembro-o também. Chamava-se Justino Ferreira de Souza, para
nós, o Justino da Boa Esperança. Várias vezes voltei lá com Amphilóquio Câmara
que ia inaugurar ou construir grupos escolares.
Eu ficava na casa de Justino, brincando com um macaco que lá
havia e ouvindo as estórias, velhas e saborosas.
Justino era dono do Hotel. Hotel-Casa-de-Família simples,
colhedor, de cardápio sertanejo e substancial.
No vai-e-vem da rede, passei horas, ouvindo Justino, Honro
sua hospedagem, fixando sua vida: honesta e bonita
. Justino veio para Boa Esperança a 01 de maio de 1898,
domingo. Só se erguiam casinhas espalhadas nos altos, uma vinte. No local,
nenhuma, Fez a primeira casa rebocada e caiada.
Em 1899 construiu o Cemitério. Pensou em fazer uma capela.
1900 foi seco. Em 1901 fez a capela cujo orago e Santo Antônio. Capela ajudada
pelas esmolas dos pobres. Um desses, FRANCISCO DE PAULA, vendeu o único
alqueire de milho que possuía para ajudara Capelinha.
Foi o povoado, o animador que confiou na terra.
A Lei Municipal de 19 de julho de 1967, sancionada pelo então
prefeito Carvalho Neto, transformo o posto de Saúde de Antônio Martins Justino
Ferreira em Casa de Saúde, cuja casa em 15 de
maio de 1998, na gestão do então prefeito, Dr. Francisco Jácome de
Mesquita foi transformada em Hospital Justino Ferreira
Gordo, calvo, risinho, morenão , faleceu a 13 de agosto de
1935. Merece, por todos os títulos, a gratidão de todos. Não deixou filhos.
FOENTE – LIVRO ANTÔNIO MARTNS – TERRA DA BOA ESPERANÇA, DE
CHAGAS CRISTOVÃO
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